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Mostrando postagens de dezembro, 2011

O Brasil sem referência

"Narciso acha feio tudo o que não é espelho", já cantava Caetano Veloso na letra que melhor representa a cidade de São Paulo e o estranhamento que ela causa em quem não é de lá. Muitas vezes, ao invés de achar feio aquilo que não conhecemos, procuramos referências para comparar e igualar com o que dominamos. Assim o estranho se torna mais compreensível. Serve pra tudo. Quando surge um novo artista, por exemplo, os críticos logo concluem que aquele é o "novo Chico" ou a "reencarnação de Charles Chaplin". Por mais que se tenha um estilo totalmente próprio e inovador, as pessoas sempre vão querer procurar uma referência ou um rótulo para encaixar no que já é de domínio público. É um pensamento limitador, simplista e careta. Mas parece que usufruir de algo que não se domina por completo está além da capacidade das pessoas. Com o esporte e principalmente com o futebol funciona da mesma maneira. Neymar não é Neymar, e sim o novo Pelé. Messi é o Maradona versão c