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Mostrando postagens de outubro, 2010

A gincana

Votarei em Dilma Rousseff para presidente. Está decidido. Já que a campanha presidencial se tornou nos últimos dias uma verdadeira guerra, que vença o mais forte. Pouco importa programas de governo, promessas, pouco interessa o eleitor. O buraco é muito mais embaixo. Faltando poucos dias para o segundo turno, a disputa entre José Serra e Dilma Rousseff atingiu seu nível mais baixo. A violência, até então, era apenas verbal. Sobravam acusações. O dinheiro de Paulo Preto, onde foi parar? E os filhos de Erenice Guerra? Campanha baixa e suja. O que interessava era desconstruir a imagem do outro e não construir a sua própria. Nós, brasileiros, somos massa de manobra. Não contestamos, apenas seguimos o andar da carruagem. Por isso começamos a ver a briga entre os presidenciáveis como algo normal. Essa semana, no Rio de Janeiro, José Serra foi atingido na cabeça por militantes do PT. Imagens veiculadas na TV mostravam que o objeto que atingira o tucano era uma bola de papel. Serra ficou tonto

"Afasta de mim esse cálice"

Chico Buarque já foi Julinho da Adelaide. Na noite de ontem, no Rio de Janeiro, o cantor e compositor reuniu-se com outros artistas e intelectuais para declarar apoio à candidata do PT, Dilma Rousseff. Quem marcou presença foi o Chico mesmo, não o Julinho. Não resta dúvida de que Chico Buarque de Hollanda é um artista politizado. Participou da Passeata dos Cem Mil, do movimentos das Diretas Já!, escreveu inúmeras canções de protesto como poucos. Ousou na época da repressão, pós-revolução de 1964. Ficou exilado em Roma, na Itália. Sofreu com a censura. Desculpou-se pela duração daquelas temporadas. É dele o título desse texto, que dá nome a uma canção de sua autoria, "Cálice". Cálice, na verdade, quer dizer "cale-se". Saída encontrada para tentar driblar a censura. Não deu certo. Houve um episódio onde ele cantava Cálice com o seu parceiro Gilberto Gil e, mesmo usando palavras desconexas que nada tinham a ver com a letra original, tiveram seus microfones desligados.

A vencedora é Marina

O Brasil decidiu pelo 2º turno. Ainda bem. Assim teremos mais tempo até ficarmos reféns de Dilma Rousseff. O PT viu a campanha da afilhada de Lula perder força na reta final. Culpa dos escândalos envolvendo a afilhada de Dilma, a ex-ministra Erenice Guerra. Culpa do alto índice de abstenção de votos, principalmente na região nordeste. Culpa de Marina Silva. A candidata do PV resolveu crescer no final da campanha e estragar os planos do seu ex-partido. Agora, todos estão reféns dela. Deverão surfar em sua onda verde. Pelo último debate entre os presidenciáveis, o da TV Globo, Marina tem uma forte tendência de apoiar Dilma. A "jaguatirica" do Acre demonstrou que em seu peito ainda bate um coração petista, ao concordar em diversos momentos com a candidata do PT. Além disso, Marina também parece ter ficado magoada com José Serra, quando o tucano disse que ela e Dilma eram ministras de Lula na época do mensalão. A favor do candidato do PSDB pesa o fato de que Dilma e Marina se con